sábado, 20 de novembro de 2010
Neutro
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Liberdade Dos Deuses
Além do que se vê ...
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Alice
O novo diretor Marcus passeava pelos corredores do hospício , conhecendo seus hóspedes, eram pessoas com problemas, pessoas que foram jogadas ali por serem rotuladas impróprias para viverem em meio a sociedade. “Sociedade hipócrita, tantos piores vivem em meio a população ocupando cargos poderosos, alguns até governando países.” Assim pensa Marcus.
Um grito ecoa pelo corredor, vem do quarto 311, preocupado, Marcus pergunta ao enfermeiro sobre o paciente, que vive naquele quarto.
-Aquele é Lucius Baker, foi acusado de matar a mulher e a enteada de dez anos. Disse o enfermeiro ao diretor
-Ouvi falar a respeito nos jornais, conte me o que sabe sobre a história desse homem. Pediu o diretor
-Marie e Lucius se casaram quando a pequena Alice tinha apenas cinco anos, ela mal conhecera o pai verdadeiro vítima de um ataque cardíaco, mais Lucius a criou como um pai. eram uma família humilde e feliz, Lucius era pescador, trabalhava todos os dias para manter a família bem alimentada, era um homem honesto e nunca se meteu em encrencas, ia a igreja regularmente, e não possuia vícios,não bebia nem fumava, dormia cedo todas as noites, até que um dia a vizinha ouviu um barulho de tiro, a polícia foi acionada, e quando chegaram ao local ouviram mais um disparo, então resolveram invadir ao arrombarem a porta encontraram os corpos no chão e Lucius prestes a se suicidar, mas não conseguiu pois não havia mais munição na arma, ele então entrou em desespero e começou a gritar, perguntando a Deus porque destruiu sua família , porque fez isso com ele. Lucius ficou maluco , não falou nada depois desse dia, tudo que ele faz agora é só gritar ainda confuso com o destino que Deus deu a ele e sua família,foi preso mas os médicos disseram que a cadeia não era um local adequado para ele então foi transferido pra cá.
-Que tragédia !!! Disse o diretor
-Pois é, a cidade ficou arrasada com o acontecimento , ninguém consegue entender por que uma família tão simples e humilde foi destruida, alguns cidadãos dizem até que ele foi possuído por um demônio, mas ninguém, nem mesmo os investigadores sabem o que realmente aconteceu naquela casa aquela noite, ninguém sabe o que se passou diante dos olhos daquele humilde pescador.
-De certa forma não é algo que eu gostaria de ver. concluiu o diretor enquanto continuava a andar pelo corredor.
Marie se levanta e vai ver como está a sua filha, ela ajeita o cobertor sobre a menina e vê embaixo de seu traveseiro um diário, ela cuidadosamente o pega e começa a ler.
”A cada dia que passa eu me sinto mais estranha nessa casa, amo minha mãe e meu pai, mais isso não é justo, minha mãe não merece um homem como Lucius, ele trabalha todos os dias para nos alimentar e o máximo esforço que ela faz é lavar suas roupas, e ainda reclama quando a pesca não foi boa, a vida as vezes é tão injusta, é chato ser uma garotinha, ele nem me nota, me trata como uma criança, uma filha que ele nunca teve, ele nem sabe mas eu queria ser mais do que isso, queria dar a ele o valor que a mamãe não dá.”
Ao ler aquilo Marie começa a chorar, a menina acorda e vê o diario nas mãos da mãe que chora, e olha para a filha de uma maneira nunca feita antes, que assusta a menina, a mãe se levanta e deixa o diário cair no chão uma folha solta cai levemente, na folha um desenho uma menininha e um homem de mãos dadas dentro de um coração, a menina triste vai para a cozinha com o diário e põe fogo, a mãe foi no quarto, chorando ela procura algo e encontra uma arma que Lucius guardava para proteger a família a mesma arma que minutos depois destruiria a família. Lucius acorda com Marie fechando a porta e se levanta pra ver o que está acontecendo,as duas estão na sala a mãe olha nos olhos da menina as duas choram e então Marie atira, a menina cai no chão morta Lucius assiste a tudo, ele desesperado pergunta a mulher:
-O que houve por que fez isso?
-Você sabe né? Você sempre soube, porque não me contou?
-Te contar o que? O que está acontecendo, você matou nossa filha!
-Eu matei minha filha, sua amante.
-Amante! Que merda você ta falando você matou a nossa pequena Alice?
-Se ela não é sua amante, por que você se importa tanto?
-Por que ela é uma garotinha, por que ela é nossa filha, você ta vendo o que você fez? Atirou na nossa filha, por quê?
-Por que ela estava paixonada.
-E dai é normal, uma garotinha se apaixonar…
-Ela estava apaixonada por você.
Marie atira na própria cabeça, Lucius entra em desespero, pega a arma e tenta se matar também, mas a arma está sem balas…
” Meu Deus porque destruiu minha vida, por que fez isso comigo?”
Lucius começou a gritar enquanto a polícia o prendia
” Meu Deus porque destruiu minha vida, por que fez isso comigo?”
Lucius começou a gritar enquato acordava de mais um pesadelo no quarto do hospício.
In Sônia
Sônia abriu a janela ainda era noite e o céu estava estrelado, suas madrugadas de insônia eram castigantes, entre um cigarro e outro ela buscava alguma maneira de sair daquele tédio, ligava a tv, mudava de canal e não encontrava nada que lhe despertasse seu interesse, desiste da tv, procura algo pra comer, liga o som e sai pra cozinha, prepara um sanduíche e um copo de leite. -O leite sempre funcionava quando eu era criança, porque não vai funcionar agora… Pensou ela, talvez não funcionou porque ela havia crescido e mudado. Acende mais um cigarro é o ultimo do maço, ela acha que não é o bastante, continua sem sono. Procura de alguma forma, qualquer que seja encontrar o seu sono. -Onde ele deve estar?… Ela começa a andar pela casa como se o seu sono estivesse guardado em algum cômodo esquecido por entre livros ou escondido no meio das roupas , ela desiste de procurar, vai pra janela novamente, os primeiros raios da luz do sol começam a aparecer, ela olha em volta do imenso quintal e vê uma menininha sentada no velho balanço, a pequena menina de cabeça baixa parece muito triste. Ela sai para o quintal e vai até a menina.
-Quem é você? O que faz aqui? Perguntou Sônia para a menina.
-Sou seu sono, quero brincar respondeu a menina.
-Agora? Diz Sônia.
-Sim, podemos? Perguntou a menina.
Ela para por um segundo, imagina que esteja dormindo e que aquilo faça parte de um sonho .
Claro !!! Responde ela.
Então elas começam a balançar, correr e brincar até que a menina fica cansada e resolve descansar, Sônia então cai no sono…
Agora todos as noites antes de ir pra cama, Sônia vai para o quintal brincar com a pequena, para que assim suas noites não sejam mais cansativas…